The raven Moses: the christian religion on animal farm, by GeorgeOrwell
DOI:
https://doi.org/10.5971/teocon.2025v1.e025006Keywords:
Raven, Christianituy, Religion, Revolution, SocialismAbstract
In the plot of Animal Farm, George Orwell exposes the betrayal of democratic ideals that characterizes every totalitarian regime, especially when it originates from a spontaneous popular revolution. The characters in the story, crafted so well that none of them seem out of place, invite us to reflect on their representations and their speeches. Among them, I highlight in this paper the character of Moses the raven who, while not a main protagonist, is closely tied to the theme of the revolution as he represents Christianity during a period of sociopolitical deconstruction and reconstruction. Through his appearances in the narrative, Moses illustrates how religion was viewed from a socialist perspective in terms of his stance and conduct at the time of the book’s publication in 1945. Thus, through the subtle mentions of the raven, I emphasize perspectives on Christianity as a utopia via the message of a paradise-like mountain where all animals would go after death and as an institution historically detached from sociopolitical reality due to its worldview or alliances. Therefore, I bring into discussion the relevance of the critique made in the early 20th century of Christianity, concerning its value and usefulness in sociopolitical issues—an absence that, however, contradicts the ethos pointed to in its creed, which emphasizes love for one’s neighbor, fraternity, and justice in the world with hope for its transformation.
References
ALTHUSSER, Louis. Por Marx. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2015.
ALVES, Rubem. O que é religião? 15. ed. São Paulo. Edições Loyola, 2014.
BÍBLIA Sagrada. Português. Tradução de João Ferreira de Almeida (1680). Edição Revista e Atualizada (ARA). São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
BOBBIO, Norberto. Cultura laica y laicismo. El mundo, Madrid, 1999. Disponível em: https://iviva.org/revistas/222/222-50-BOBBIO.pdf. Acesso em: 8 jul 2023.
BOER, Roland. Pinga espiritual e liberdade: Lênin sobre a religião. In: LÊNIN, Vladimir Ilitch. Lênin e a religião. São Paulo: Lavrapalavra, 2022. p. 9-47.
BULFINCH, Thomas. O livro de outro da mitologia: história de deuses e heróis. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
CALVIN, Jean, A instituição da religião cristã. São Paulo. Ed. Unesp, 2009.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Luís Roberto. Pesquisas Em VS. pesquisas com seres humanos. Brasília: UnB, 2003.
COTTON, Dorothy F. Introdução. In: KING, Martin Luther. Por que não podemos esperar. São Paulo: Faro Editorial, 2020. p. 9-13.
DIAS, Ricardo Lopes. Não me envergonho do evangelho: um antropólogo entre a fé e a ciência. Taubaté, SP: Vital Publicações, 2022.
ENGELS, Friedrich. Contribuição para a história do cristianismo primitivo. 1895. In: ENGELS, Friedrich; LUXEMBURGO, Rosa. Cristianismo Primitivo. São João del-Rei: Estudos Vermelhos, 2011. p. 5-30.
EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. A religião e os antropólogos. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 4-19, mar. 1986.
FRESTON, Paul. Religião e política, sim; Igreja e Estado, não: os evangélicos e a participação política. Viçosa-MG: Ultimato, 2006.
GONZÁLEZ, Justo L. História ilustrada do Cristianismo: a Era dos reformadores até a Era inconclusa. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2011.
GRAMSCI, Antonio. Odeio os indiferentes: escritos de 1917. São Paulo: Boitempo, 2020.
HERVIEU-LÉGER, Danièle. O peregrino e o convertido: a religião em movimento. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
KING, Martin Luther. Por que não podemos esperar. São Paulo: Faro Editorial, 2020.
KOYZIS, David T. Visões e ilusões políticas: uma análise crítica cristã das ideologias contemporâneas. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2021.
LÊNIN, Vladimir Ilitch. Lênin e a religião. São Paulo: Lavrapalavra, 2022.
LUTERO, Martinho. Da autoridade secular: até que ponto se lhe deve obediência. 1523. In: LUTERO, Martinho. Escritos seletos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.
LUXEMBURGO, Rosa. O socialismo e as igrejas: o comunismo dos primeiros cristãos.1905. In: ENGELS, Friedrich; LUXEMBURGO, Rosa. Cristianismo Primitivo. São João del-Rei: Estudos Vermelhos, 2011. p. 31-57;
MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. 1843-1844. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2420. Acesso em: 17 jun. 2024.
MARX, Karl. Teses sobre Feuerbach. 1845. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ma000081.pdf. Acesso em: 07 out. 2024.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Tradução de Reginaldo Sant’Anna. 31. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013. Livro I.
ORWELL, George. 1984. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
ORWELL, George. Prefácio do autor à tradução ucraniana. 1947. In: ORWELL, George. Fazenda dos Animais: ou "Revolução dos Bichos". 2021. p. 5-11. Edição Kindle.
ORWELL, George. Por que escrevo. 1946. In: ORWELL, George. Fazenda dos Animais: ou "Revolução dos Bichos". (Exclusividade Amazon). 2021, p. 110-118. Edição Kindle.
ORWELL, George. A Revolução dos bichos. Gazeta do Povo, 1945. Tradução: Gisele Eberspächer; Ilustrações: Osvalter Urbinati. São Paulo, LVM Editora, 2022. Edição Kindle.
PINEZI, Ana Keila Mosca. A vida pela ótica da esperança: um estudo comparativo entre a Igreja Presbiteriana do Brasil e a Igreja Internacional da Graça de Deus. São Bernardo do Campo: EdUFABC, 2015.
POE, Edgar Allan. O corvo e contos extraordinários. Tradução de Fernando Pessoa, Marcelo Barbão. Edição do Kindle. Jandira, SP: Principis, 2020.
PROENÇA, Ruy. Visão do Térreo. São Paulo: Editora 34. 2007.
STURLUSON, Snorri. Edda em Prosa. Belo Horizonte: Barbudânia, 2024. Edição do Kindle.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Ricardo Lopes Dias (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Teologia Contextual (TEOCON) permanecem com os autores. Ao submeter um manuscrito, os autores concordam com os seguintes termos:
-
Primeira Publicação: Os autores concedem à Teologia Contextual (TEOCON) o direito de realizar a primeira publicação do trabalho, garantindo à revista o direito de disseminar e distribuir o artigo em todos os formatos e meios, incluindo impressos e digitais.
-
Direitos do autor: Após a publicação, os autores têm autorização para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: disponibilizar em repositórios institucionais ou publicação como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.